A sétima edição do EnCena registrou cinco dias de público recorde. Nos seis espetáculos apresentados, não houve quem não elogiasse o nível das produções. Já na segunda-feira da semana passada, os ingressos para terça e sexta-feira estavam esgotados.
No dia seguinte, já não havia mais entradas para nenhuma das peças. A procura foi tão grande que três espetáculos tiveram sessão extra. A Colaboração das Companhias foi essencial e na segunda, quinta e sexta, a mesma peça foi encenada duas vezes seguidas, fato raro até para grandes festivais.
O EnCena é uma realização da Prefeitura Municipal de Jacarezinho, tendo neste ano a Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) como parceira. Apoiaram o evento SESC, CAT e Núcleo de Estudos de Agroecologia e Territórios (NEAT).
A produção foi de Danilo Oliveira e Moisés Evangelista. A Mostra de Teatro de Jacarezinho foi criada no primeiro ano da gestão da prefeita Tina Toneti. Mantida anualmente desde então, o festival é considerado hoje o terceiro mais importante do Sul do país.
A prefeita Valentina Helena de Andrade Toneti reafirmou seu compromisso com a disseminação de Cultura para a comunidade jacarezinhense. “São 52 mil investidos pela Prefeitura Municipal em trazer peças de ponta do país. Um espetáculo como este custaria, no mínimo, R$80 em uma capital ou cidade grande. Nossa intenção sempre foi democratizar o acesso à Cultura. Essa é mais uma das medidas efetivas nesse sentido. Acho espetacular podermos assistir a uma peça que ganhou prêmios nacionais e internacionais, que fez tanto sucesso nas capitais do país, aqui mesmo em nossa cidade, e ainda pagando um preço acessível por isso”, falou.
O diretor de Cultura da UENP Danilo Oliveira disse que o EnCena já pode trabalhar de forma diferenciada por ter uma platéia crítica, que absorve as coisas com qualidade. “O espetáculo de quinta-feira, por exemplo, vem para provocar, para causar o espanto do Teatro nas pessoas. O Teatro existe para isso, para mudar as mentalidades, para lutar contra a homofobia, contra o racismo, contra a injustiça. Para analisar todo o significado e a significância humana. O EnCena não traz mais só espetáculos bonitinhos, que todos aplaudem e vão embora para casa dormir. O Festival chegou em um ponto que já tem provocado as pessoas. As pessoas saem do espetáculo, vão para as lanchonetes, para os bares para discutir a peça que ficou incomodando eles”, falou.
O diretor Municipal de Cultura Moisés Evangelista falou que o Festival cresceu vertiginosamente e que a Prefeitura estuda até mesmo mudanças que acompanhem esta expansão. “O EnCena já está no ápice deste formato. Já precisamos expandir, talvez uma semana seja até pouca coisa, talvez uma apresentação seja pouco, talvez o espaço já esteja pequeno. Quanto ao sucesso de público, ficou nítido. Na segunda-feira, abrimos a bilheteria para vender oito ingressos. Depois, não abrimos mais. Tivemos lotação máxima literalmente. A necessidade de um novo espaço vem daí, da alta demanda e de muita gente que ficou sem poder assistir. Temos só agradecer a toda a equipe da Prefeitura, desde a prefeita Tina que sempre nos apoiou incondicionalmente e que possibilita a existência do EnCena até o pessoal do Departamento, que virou noites e noites com a montagem de luz, cenários, a todos os parceiros e todos que trabalharam com a gente”, disse.