Saúde

 

Publicado em: 19/04/2011 18:00 | Autor: Departamento de Comunicação / Alfredo Jorge / Rômulo Madureira

Vigilância Epidemiológica imuniza contra Febre Amarela, Tétano e Hepatite B


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Além da Campanha contra a gripe comum (com abertura oficial programada para amanhã), a equipe da Secretaria de Saúde também está empenhada na vacinação contra a Febre Amarela, Tétano e Hepatite B. Contra Hepatite, são imunizados somente pessoas com menos de 29 anos, assim como determina o Ministério da Saúde.

A secretária Municipal de Saúde Andréia Kalil salientou que os agentes já concluíram o trabalho entre os servidores da Prefeitura, passaram pelo Núcleo Regional de Saúde, Faculdades de Direito e Filosofia, além de supermercados centrais. “A Campanha continua em direção à estabelecimentos comerciais dos bairros. Os Postos de Saúde também cobrirão suas regiões, imunizando funcionários de usinas, órgãos públicos e empresas. Queremos bloquear qualquer possibilidade de incidência destas doenças em todo o território”, comentou.

Mesmo que a vacinação já tiver passado no órgão onde o cidadão trabalha, ele ainda pode se vacinar. Para isto, basta que ele compareça no Posto de Saúde mais próximo munido de carteira de vacinação.
De acordo com o diretor da Vigilância Epidemiológica, Eduardo Quirino, a meta até o final da campanha é de vacinar 95% do público alvo (em relação à Hepatite B e Febre Amarela). A respeito do Tétano, o intuito principal é conter as infecções causadas por acidente de trabalho nas empresas da cidade.

As autoridade municipais de Saúde ratificam que Febre amarela, Tétano e Hepatite B são doenças sérias, portanto, não é seguro deixar de se vacinar. Confira abaixo informações úteis sobre cada uma delas (disponíveis na página virtual do Ministério da Saúde):

 

FEBRE AMARELA

 

1. O que é?

É uma doença infecciosa febril aguda, de curta duração (no máximo 12 dias), e de gravidade variável. Possui dois ciclos de transmissão: o silvestre (que ocorre entre

primatas não humanos, onde o vírus é transmitido por mosquitos silvestres) e o urbano (erradicado no Brasil desde 1942).

2. Qual o microrganismo envolvido?

O vírus da febre amarela, pertencente ao gênero Flavivirus, da família Flaviviridae.

 

3. Quais os sintomas? Dependendo da gravidade, a pessoa pode sentir febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina).

 

4. Como se transmite?

Pela picada dos mosquitos (fêmeas) transmissores infectados.

 

5. Como tratar?

Não existe medicamento para combater o vírus da FA. O tratamento é apenas sintomático e requer cuidados na assistência ao paciente que, sob hospitalização,

deve permanecer em repouso com reposição de líquidos e das perdas sangüíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido numa Unidade de Terapia Intensiva.

 

6. Como se prevenir?

A única forma de evitar a febre amarela é a vacinação. A vacina é gratuita e está disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano. É administrada em dose única a partir dos 9 meses de idade e é válida por 10 anos. Deve ser aplicada 10 dias antes da viagem para as áreas de risco de transmissão da doença.

 

TÉTANO

 

1. O que é tétano acidental?

É uma doença infecciosa não contagiosa, causada pela ação de uma toxina que atua sobre o sistema nervoso.

 

2. Qual o microrganismo envolvido?

A doença é causada por uma bactéria chamada Clostridium tetani, existente, praticamente, em todos os lugares.

 

3. Quais os sinais e sintomas?

A doença caracteriza-se por espasmo dos músculos da região do ferimento ou hipertonia generalizada, rigidez de nuca, opistótono, trismo, riso sardônico, rigidez abdominal, disfagia, dores nas costas e membros.

 

4. Como se transmite?

A doença não é transmite de pessoa a pessoa. Geralmente, ocorre pela contaminação de um ferimento da pele ou mucosa com os esporos do bacilo.

 

5. Como tratar?

Sempre em unidade hospitalar, devido à gravidade da doença, das complicações e a necessidade de uma equipe treinada para assistência.

 

6. Como se prevenir?

A principal medida de prevenção é a vacina antitetânica. O uso de equipamentos de proteção individual (EPI) também contribui evitando os ferimentos, além do cuidado adequado e correto das feridas abertas ou puntiformes. A vacina antitetânica está disponível, gratuitamente, nas Unidades Básicas de Saúde do SUS.

HEPATITE B

 

Vacina evita hepatite B

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) calcula que cerca de 400 milhões de pessoas no mundo estão cronicamente infectadas pelo vírus da hepatite B. Esse grupo é exposto a complicações como a cirrose e o câncer de fígado, que acabam gerando a necessidade de um transplante. No Brasil, estima-se que existam dois milhões de portadores crônicos de hepatite B.

 

A prevenção da hepatite B é feita com a aplicação de três doses da vacina. A primeira é administrada ao nascer, a segunda, ao final do primeiro mês de vida, e a terceira, aos seis meses. A vacina também é oferecida para pessoas na faixa etária de 1 a 19 anos (estendida nesta campanha até 29 anos), bem como para quem pertence a grupos de risco acrescido, como os imunodeprimidos, os profissionais da área de Saúde e os profissionais do sexo, em qualquer faixa etária.

 

Hepatites em foco

 

A hepatite é uma doença grave, que ataca o fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo humano. Só no Brasil, dois milhões de pessoas sofrem da forma crônica de hepatite B. O Ministério da Saúde tem discutido com a sociedade e com os profissionais de saúde ações contra as diversas manifestações da doença. "O Brasil está bastante avançado no combate às hepatites, em comparação com outros países", avalia Epaminondas Campos, da organização não governamental (ONG) Grupo C, de apoio a portadores de hepatite C.

 

Tanto a hepatite C quanto a B podem se tornar crônicas e se manifestar no corpo de uma pessoa pelo resto da vida. Para combater as hepatites e articular esforços federais, estaduais e municipais, o Ministério da Saúde criou, em 2002, o Programa para Prevenção e Controle das Hepatites Virais e vem intensificando as ações de vacinação contra hepatite B.

 

"O Sistema Único de Saúde (SUS) tem várias vantagens, como a distribuição dos medicamentos, que são muito caros", cita Epaminondas Campos. "O que precisamos fazer é lutar para que todos os estados e municípios cumpram as diretrizes do programa, como a manutenção dos exames de biologia molecular, que diagnosticam a doença", diz Epaminondas.