A Coordenadoria Municipal de Defesa e Proteção do Consumidor (Procon) de Jacarezinho solucionou, em 2010, cerca de 90% das reclamações recebidas. Foram 376 queixas registradas por clientes descontentes com serviços oferecidos por empresas privadas. Destes, 29 ainda estão em andamento (em processo de conclusão) e 330 já foram completamente resolvidos.
Apenas onze casos não conseguiram solução através da unidade de proteção ao consumidor e tramitam no Fórum da cidade. Para completar o número, houve ainda 11 clientes insatisfeitos que registraram a reclamação na unidade, mas por algum motivo não voltaram para prosseguir com os trâmites.
O setor campeão de reclamações ainda é a telefonia. Só este segmento de serviço acumulou 60% das reclamações do ano passado, ou seja, 233 protocolos registrados. A boa notícia é que a unidade municipal de defesa do consumidor conseguiu resolver quase a totalidade dos casos, deixando sem resolução apenas duas reclamações, uma eficiência de 99%.
O diretor geral da unidade municipal do Procon Paraná, Henry Willian Durval, explica que as reclamações referentes à empresas telefônicas possuem até mesmo atendimento separado por causa da alta demanda. "Se reunirmos todas as outras tipificações, ainda não alcança o número de queixas de telefonia", explica. O diretor comenta que as reclamações destes serviços prestados são sempre as mesmas. "A maioria é relacionada à cobrança indevida de tarifa ou cliente pagando por serviço que não contratou", diz.
As reclamações não referentes à telefonia somam 143, divididas nas categorias de produtos que já vem da fábrica com defeito (46 casos), saldo devedor (14), serviços (21), produtos que desenvolvem a falha com poucos dias de uso (48), Cobrança bancária indevida (8), arrependimento de compra (1), produtos não entregues (4) e reparação de danos (1).
Estes números correspondem apenas aos casos que tiveram continuidade efetiva, excetuando, portanto, os pré-atendimentos e orientações efetuadas pelos funcionários do órgão. Contabilizando todas as atividades realizadas pelo Procon no ano passando (informações, registro, orientações), a estimativa é que tenham sido feitos pelo menos 1500 atendimentos. Além do mais, a unidade de Jacarezinho atende consumidores de mais seis cidades, Santo Antonio da Platina, Cambará, Ribeirão Claro, Wenceslau Brás, Carlópolis e Joaquim Távora. A demanda de Jacarezinho é a maior, correspondente a 70% dos atendimentos.
O diretor do Procon conclui a fala citando o decreto municipal 2496, de 2010, que regulamenta a atividade do processo e aplicação da multa para a empresa que estiver errada no caso e não acatar as medidas determinadas pelo órgão.
Na tarde de ontem, o enfermeiro do trabalho Aparecido Ramos, de 42 anos, buscava o esclarecimento de dúvidas referentes ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES). Ele concluiu sua faculdade e queria saber sobre a correção de juros. "Liguei na Caixa Econômica e ninguém me respondeu nada", disse. A técnica do Procon Maiara Guimarães solicitou então cópia do contrato à instituição e as dúvidas do enfermeiro devem ser esclarecidas em até 10 dias.