A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), por meio de sua Gerência de Fomento e Desenvolvimento, vai realizar estudos e diagnósticos para identificar as vocações e potencialidades econômicas de Jacarezinho. O material embasará o planejamento que tem por objetivo a criação de um novo Distrito Industrial. As informações serão divulgadas e apresentadas a investidores, estimulando-os à adesão e concentração de indústrias.

A parceria foi acordada em reunião realizada nesta terça-feira (26), no escritório regional do SEBRAE, e depende da formalização de um termo para o início dos trabalhos. Atendendo a convite do Comitê Gestor de Desenvolvimento Empresarial (CGDE) e do consultor Odemir Vieira Capello, Marcelo Percicotti, Gerente de Fomento e Desenvolvimento do Sistema FIEP, apresentou um roteiro para a implantação de parques industriais sustentáveis. "Mais importante do que a isenção de impostos e taxas municipais, a atração de indústrias pela administração local, requer boa infraestrutura", destaca. Baseado em sua experiência ele afirma que a isenção de tributos municipais fica em segundo plano quando comparada à presença de tratamento de esgoto ou à existência de grandes áreas em que a legislação ambiental permita a urbanização. "Isto não significa que os benefícios fiscais não devam ser oferecidos. Estes acabam sendo critérios menos importantes, uma vez que a maioria dos municípios brasileiros pode utilizar a mesma tática", argumenta.

Os critérios utilizados pelos empresários para escolher o local ideal de expansão da atividade produtiva envolve a análise da existência de mão de obra qualificada, malha logística, acesso à prestação de serviços básicos, proximidade do mercado consumidor e ou fornecedor e média dos custos de produção envolvidos. "Jacarezinho tem grande potencial em praticamente todos esses quesitos", avalia o representante da FIEP.

"Nossa preocupação é demonstrar a seriedade do trabalho do Comitê Gestor e do Programa Cidade Empreendedora, por isso buscamos parceiros de alto nível de conhecimento e competência", pontua Odemir Capello. Para o consultor do SEBRAE, é preciso consolidar uma estrutura para receber investimentos industriais. "Além disso é muito importante divulgar os atrativos junto aos empresários", finaliza.

O vice-prefeito José Carlos Molini explica que a implantação de um Distrito Industrial precisa ser bem planejada. "A FIEP vai proporcionar um contato direto com as grandes empresas filiadas, ao BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e outros órgãos, como a Secretaria de Estado da Indústria e Comércio. Acreditamos que será uma grande parceria", comemora.

Também participaram da reunião o secretário municipal do Desenvolvimento Urbano, Nilton Batista Prado; Ana Carla Molini (Câmara da Mulher Empresária); Raul Pizarro e Antenor Pinheiro (SENAC); Salete Ribeiro e Nacim Sfeir (Agência do Trabalhador); Eduardo Quintanilha (Sindicato Rural); o secretário municipal do Comércio, Indústria, Turismo e Serviços, Homero Pavan Filho; Luciano Bernardes (Tecpar); Valmir Araújo (Consultor) e Macley Bitencourt (Banco do Brasil).