A Prefeitura de Jacarezinho, por meio da Secretaria de Saúde, promoveu nos dias 22 e 23 o Seminário Executivo INOVASUS. Organizado pelo consultor Norival da Silva, a temática abordada foi a "Inovação na Gestão e Regulação de Sistemas de Saúde". Foram debatidas estratégias de inovação no Sistema Único de Saúde (SUS) para que o foco dos atendimentos seja de fato o usuário.
Os objetivos do INOVASUS foram oferecer aos participantes a oportunidade de refletir sobre a inversão da lógica de atenção à saúde da população, priorizando a promoção da Saúde como instrumento de gestão. De acordo com o secretário de Saúde, João Luccas Thabet Venturine, foram apresentados e debatidos os erros mais frequentes de organização, gestão e aplicação dos recursos do SUS.
Além disso, foram apontadas estratégias básicas para fortalecer e agregar valor político institucional ao Sistema Municipal de Saúde que, para o secretário, precisa ser regulado sistematicamente. "É inaceitável que impere uma lógica neoliberal nos Sistemas Municipais, não cabe ao mercado regulá-lo. É fundamental uma presença mais ostensiva dos agentes reguladores, demarcando e regulando os Sistemas de Saúde de uma forma mais pontual e efetiva", completou.
O consultor Norival da Silva destacou a importância de se debater estratégias de inovação no SUS para que o foco dos atendimentos seja de fato o usuário, pois apesar do Sistema Único de Saúde ter 20 anos, em alguns lugares ainda herda o modelo antigo de atendimento do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps).
"A iniciativa da prefeita Tina Toneti e do secretário João Luccas sensibiliza no sentido de que é a hora de começar a discutir a abordagem do SUS tendo como referência o usuário, facilitando a vida dele e não de quem vai prestar o atendimento. O objetivo do seminário foi mostrar como inovar pelo pressuposto de que inovar não é fazer coisas novas, mas ter coragem de fazer aquilo que nunca foi feito antes, mesmo coisas antigas", ressaltou o consultor.
Para Silva, organizar a rede assistencial de atendimento pela visão de quem vai ser atendido é um grande desafio. "As práticas gerenciais de atendimento que se têm hoje no Brasil estão muito arraigadas. Então é necessário que se dê abertura a outra postura, a uma mudança de atitude no sentido de querer alterar alguns procedimentos que nós sabemos que há muito tempo precisam ser mudados em nosso país", finalizou.