O Comitê Municipal Intersetorial de Combate à Dengue divulgou nesta manhã resultado do exame do Laboratório Central da Saúde Pública (Lacen) para um morador de 35 anos da rua Luiz Bonardi, no bairro Aeroporto. O caso foi descartado como Dengue. O morador foi hidratado pela Secretaria Municipal de Saúde e passa bem.
A hipótese é que ele tenha passado por uma infecção cujos sintomas coincidem com o da Dengue. Desta forma, Jacarezinho fecha o ciclo de Maio até hoje sem nenhum caso autóctone (contraído no próprio Município).
O morador do Aeroporto chegou a ter seu exame positivado através do teste imediato, feito por um laboratório de Jacarezinho. Mas o exame mais detalhado e reconhecido pela Secretaria de Estado da Saúde é o do Lacen.
O coordenador da Vigilância Sanitária Luiz Carlos Ferreira reitera que este caso não indica que o exame local seja impreciso. “Fazemos este primeiro exame para começar a agir imediatamente, já que o do Lacen demora 20 dias. Mas só para se ter uma ideia da eficácia do exame feito aqui, de todos os casos no ano passado, apenas um apresentou divergência entre o local e o do Laboratório Central”, explicou.
A explicação para esta discrepância pontual é que o exame realizado aqui em Jacarezinho resultou em uma coloração muito pequena. Como a recomendação expressa do fabricante do teste é que (por precaução) o caso seja considerado positivo independentemente da intensidade da coloração, a exigência foi seguida e os procedimentos padrão realizados, até que o exame do Lacen chegasse.
“Adotamos como resolução de combate a máxima precaução. Com o resultado de nosso exame em mãos, consideramos mais proveitoso pecar por excesso do que por omissão. Que bom que foi apenas um alarme falso”, comentou a secretária Municipal de Saúde Andréia Kalil.
Atendendo a esta recomendação, a Vigilância Sanitária realizou na semana passada ‘bloqueio’ no raio de nove quarteirões da rua Luiz Bonardi (residência do morador), como preconiza o Ministério da Saúde.
O único caso confirmado de um morador de Jacarezinho desde Maio deste ano não teve origem aqui. Foi o de uma senhora que contraiu a doença em Ribeirão Preto, em Setembro.
Preparação e Combate
Foram utilizadas duas equipes da Vigilância neste bloqueio. Foi realizada pesquisa larvária para ver se havia foco em 100% da área, ou seja nos 300 metros de raio em torno. Concomitantemente, foi feito o tratamento focal - para matar as larvas com o uso de larvicida nos recipientes que não podem ser removidos e remoção dos potes e garrafas, ou seja, objetos menores. Por último, a equipe da Vigilância passou o fumacê no quarteirão positivo, entrando nos quintais. Houve ainda, em parceria com a Secretaria de Saúde, a busca ativa de novos casos, para conferir se mais alguém apresentava os mesmos sintomas.
Luiz Carlos Ferreira conclui com um alerta sobre as viagens de final de ano. “Nos próximos dez dias, nós da Vigilância Sanitária, Epidemiológica e Secretaria Municipal de Saúde estaremos de atenção redobrada porque as pessoas começam a voltar das viagens de festas de final de ano, havendo a possibilidade de trazer o vírus de outros lugares”, disse.