Cerca de 200 voluntários se reuniram para ajudar no Arrastão Contra a Dengue, realizado durante toda a manhã do último sábado. O Departamento de Vigilância Sanitária e o de Meio Ambiente calculam que aproximadamente 200 toneladas de materiais inservíveis foram recolhidos.

A contagem feita foi baseada nos seguintes números:  17 caminhões disponibilizados para a operação; pelo menos quatro mil quilos em cada viagem realizada e a média de três viagens feitas por veículo, que totalizam 204 mil quilos.

A prefeita Tina Toneti passou pelos pontos de encontro dos voluntários (Unidades Básicas de Saúde do Aeroporto, Jardim São Luiz, Vila Setti, Parque Bela Vista e Vila São Pedro) agradecendo a presença de todos e deixando suas palavras de incentivo na luta contra esta doença.

Para o diretor da Vigilância Sanitária, saldo foi positivo por conta do envolvimento de todos no processo. “Eu acho que as ações foram corretas do ponto de vista estratégico e deram resultado. Dentro do próprio arrastão, os pequenos imprevistos servem para avaliar e corrigir no próximo evento deste porte. De qualquer forma, é um acontecimento histórico e sem precedentes na história de Jacarezinho”, disse.

Ferreira prossegue explicando que 80% dos focos do mosquito Aedes aegypti estão no lixo doméstico. “Para se calcular a relevância deste trabalho, imagine só que antes do arrastão, estas 200 toneladas de lixo estavam servindo de criadouro do mosquito. A retirada das ruas refletirá diretamente no combate a Dengue”, constatou.

De acordo com Manoel Pereira do Nascimento, do Departamento de Meio Ambiente, o mutirão foi interessante também para a Natureza e para a Associação de Coletores de Materiais Recicláveis de Jacarezinho (Assomarja). “Os coletores se organizaram em plantão para este sábado. O resultado foi a separação de cinco toneladas de materiais, que serão comercializados”, falou.

O  mutirão foi uma ideia surgida em uma das reuniões do Comitê Intersetorial de Combate a Dengue (atualizado pela prefeita Tina Toneti) e funcionou da seguinte forma: durante a semana passada, os agentes comunitários e de endemias distribuíram panfletos com orientações e sacos plásticos de 100 litros para que os moradores jogassem os materiais que pudessem acumular água. No sábado, estes sacos foram colocados em frente às casas pela população e recolhidos pelos voluntários do arrastão. Os caminhões levavam os materiais até o aterro, onde eram selecionados pela Cooperativa de reciclagem Assomarja.

O que não deu tempo de ser selecionado pela Associação foi coberto de terra no mesmo dia pelos caminhões da Prefeitura, evitando assim problemas ambientais com uma eventual chuva.